terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tentação do Consumo

Reconhecimento social e modismo também estão por trás das causas que levam o consumidor a se endividar. A resposta para a irrefreável vontade de comprar passa, para algumas pessoas, pela necessidade de ser aceito.



Para o norte-americano,o polêmico psicólogo Geoffrey Miller, é difícil fugir deste apelo por um instinto natural: BMWs, roupas de grife e gadgets de última geração funcionam como a cauda de um pavão no mundo animal. São meios de promovermos virtudes biológicas geneticamente importantes na perpetuação da espécie, como saúde, fertilidade e beleza. Miller também defende que boa parte do prazer oferecido pelos produtos vem da percepção inconsciente que eles denunciam traços da nossa personalidade, como estabilidade e extroversão. Os jovens, por exemplo, se preocupam mais com o que está na moda porque procuraram comprar aquilo que acuse com fidelidade quais são seus gostos, qualidades e preferências.



Segundo Rafael Porto, professor da Universidade de Brasília e integrante do Consuma (grupo de estudos de psicologia social do consumidor), a importância que atribuímos aos produtos combina os benefícios práticos e simbólicos que eles nos entregam. Em geral, quanto mais caro for um item, mais pesarão os atributos intangíveis. Não por menos, as propagandas de carros invariavelmente fazem sucesso mesmo sem informar a potência do motor ou o preço do veículo. O que está em jogo é a venda de uma sensação ou estilo de vida. "Geralmente, o crédito é usado para a compra de produtos mais caros e é exatamente para eles que o benefício simbólico pesa mais", afirma.

Fonte: Exame.com

domingo, 15 de agosto de 2010

Cartão de crédito: facilidade de uso e risco de endividamento caminham lado a lado

Mauro Calil alerta, é importante quitar a fatura do cartão na íntegra. Seja com o intuito de comprar uma roupa ou mesmo financiar um eletroeletrônico mais caro, só vale usar o cartão quando houver plena convicção de que não será preciso recorrer ao parcelamento mínimo para encher o carrinho. Isso porque qualquer outra linha de crédito irá oferecer taxas mais baratas. Enquanto o cartão cobra uma média de 10,7% ao mês, os juros orbitam em torno de 4,8% no empréstimo pessoal e 2% no crédito consignado. Portanto, o consumidor que tiver saldo devedor também sairá ganhando se procurar outro tipo de crédito para trocar a dívida do cartão por outra mais em conta.



A possibilidade mais vantajosa, no entanto, é parcelar a compra diretamente com quem está vendendo o produto ou prestando o serviço, explica Adalberto Savioli, presidente da Acrefi (associação de instituições de crédito). Muitas empresas permitem que seus clientes parcelem pagamentos no cartão em até dez vezes sem juros. Com essa simples medida, o consumidor poderá economizar centenas ou milhares de reais. Outra dica é fixar um teto para o montante que pode ser gasto com o plástico. "Independente do número de cartões que o consumidor tiver, a soma de todos os limites deve corresponder a no máximo 50% da sua renda líquida mensal", ensina Mauro Calil. Dessa forma, o usuário fica impedido de assumir compromissos que não poderá arcar.



Benefícios e cuidados

As tentações para o consumo são muitas e as facilidades que o cartão de crédito oferece costumam ser ainda maiores. Além de ser aceito em cada vez mais estabelecimentos, diminuindo a necessidade de o consumidor andar com dinheiro na carteira, o cartão possibilita o parcelamento das compras e a concentração de todas as despesas em uma única data de vencimento. Se utilizado com responsabilidade, é uma ferramenta que auxilia o planejamento do orçamento, discriminando as despesas efetuadas e aquelas que ainda estão por vir. Os programas de benefícios também oferecem vantagens para os usuários, com a troca de pontos por produtos diversos ou por milhas em companhias aéreas.



. "Mas uma coisa é ter dinheiro, e outra é ter crédito. Como menos de 5% da população sabe fazer cálculo de juros, muita gente continua pagando a menor parcela e não se dá conta que a dívida ficará impagável". Reflexo disso é o aumento da inadimplência no país. Em uma década, essa taxa passou de 1,92% para 24%, ocupando o lugar mais alto no ranking das operações de crédito à pessoa física.



"O cartão é um facilitador. Mas não manusear o dinheiro dá uma sensação bastante equivocada, a de que aquela transação não envolve dinheiro e que é possível comprar à vontade", diz Valéria Cunha, do Procon. "Mas é claro que você vai ter que pagar no final. E nessa armadilha do valor mínimo, os juros podem levar ao superendividamento", emenda. Por isso, não compre somente pelos benefícios que poderá ganhar depois. Barganhe a isenção ou o abatimento na anuidade junto a sua operadora e pague em dia a fatura que receber. No fim das contas, ver o cartão transformado em vilão depende, em boa parte, do uso que você faz dele.

Fonte: Exame.com.br

domingo, 8 de agosto de 2010

10 Dicas para sair do Vermelho

1) Jamais use o cheque especial ou o pagamento parcial do cartão de crédito. Peça empréstimos no banco, que saem mais baratos;
2) Passe a controlar os saldos de seu cartão de crédito com mais frequência, pelo menos a cada 10 dias, para que deixe de gastar além do esperado;
3) Tenha uma idéia do tamanho de seu problema: a primeira coisa a fazer é anotar TODOS os gastos do mês, inclusive os gastos pequenos, para descobrir de onde cortar;
4) Elabore um plano radical de enxugamento de gastos na maior intensidade possível, para que a dívida seja amortizada de uma vez. Não adianta ir pagando aos pouquinhos, pois os juros voltam a aumentar rapidamente a conta que você já pagou;
5) Quanto mais intenso for o corte de gastos e menor o tempo necessário para isso, menores serão os desgastes no relacionamento familiar;
6) Acabe de vez com a tentação das compras a prazo;
7) Use todos os tipos de poupança que você tem. Não adianta estar com investimentos e perder mais com os juros da dívida. O mesmo vale para bens como terrenos e imóveis à espera de valorização;
8) Fuja de atividades de lazer que custam. Aprenda a valorizar as coisas preciosas da vida que não custam nada, como um passeio ao ar livre ou uma reunião com amigos ou com a família;
9) Enquanto não conseguir quitar toda a dívida, substitua-a por outras mais baratas, como antecipação de restituição de Imposto de Renda ou venda do automóvel e compra de outro parcelado. Use todo o dinheiro da venda para reduzir a dívida.
10) Divida seu plano de ajuste com a família. É importante que todos estejam engajados, para que haja maior co-motivação.


Por Gustavo Cerbasi

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Como preencher cheque pré-datado

Segundo pesquisas a utilização de cheque pré- datados representa 40% das vendas. Além de não ter de pagar a taxa das administradoras de cartão de crédito, o comércio vê outra vantagem.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e pode ser descontado a qualquer momento a partir da emissão. A justiça, porém, considera o pré-datado um contrato entre cliente e lojista. Para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a apresentação antes da data prevista caracteriza danos morais. Muitos clientes ganharam direito à indenização.
O risco aumenta quando o cheque troca de mãos, o que é comum no comércio. Muitos lojistas usam o pré-datado para pagar fornecedores. Outros repassam para empresas que antecipam o pagamento ao lojista, cobrando uma taxa. Veja como evitar esse risco.
Passo a passo

- Preencha a data em que o cheque deve ser depositado na frente e no verso;
- Coloque sempre o nome de quem vai receber e escreva "não transferível". Assim, só aquela pessoa ou empresa pode descontá-lo;
- No verso, aponte para quem e para que foi entregue;
- Peça para o vendedor anotar o número do cheque na nota fiscal.
O papelzinho com o "bom para" não é garantia de nada. Se o cheque for apresentado antes da data combinada, peça uma cópia ao banco. Tudo o que estiver escrito vai servir de prova para a justiça.